Em algum lugar no Ocidente, o filho pergunta: Pai, o que é o Oriente Médio? O pai responde: Ah, filho, é um lugar no mundo onde as pessoas usam umas roupas estranhas, compram e vendem tudo, vivem em cima de um barril de petróleo, brigam uns com os outros, e de vez quando, elas se explodem em nome de Deus, Alá ou Jesus. Mas, pai, pergunta o menino curioso: Elas se explodem mesmo?! - Sim, meu pequeno George, sim.
Segundo o Portal do Governo do Estado de São Paulo, atualmente o estado possui mais de 40 milhões de habitantes, destes, milhões de imigrantes, muitos deles do Líbano, país que entre 22 de agosto e 20 de setembro é tema da exposição “Olhar, o Líbano” do fotógrafo paulista Cristiano Mascaro.
A exposição, parceria entre SESC SP e a Associação Cultural Líbano-Brasil, acontece no Sesc Vila Mariana em São Paulo e comemora o título recebido pela cidade de Beirute como a Capital Mundial do Livro em 2009, outorgado pela Unesco.
Ao todo são 76 fotografias que, inicialmente, evidenciam o contraste entre a tecnologia da arquitetura moderna e a milenar arquitetura romana, em uma Beirute onde o sol e o céu claro e límpido iluminam as ruas e as sacadas da cidade.
Em poucos olhares, viajamos pelo Líbano: de Zahle à Sidon, de Tripol à Bichare, de Byblos à Baalbeck, e o mesmo sol nos conduz das montanhas, até o terreno árido e seco da estepe.
Longe do imaginário ocidental criado pelas manchetes dos jornais, pelos conflitos com Israel e pela diversidade religiosa. Mascaro mostra um Líbano humanizado, vivo e pulsante.
O ápice da exposição, sem dúvida, é o espaço destinado integralmente ao povo libanês. As fotografias dos rostos, dos costumes e dos hábitos se completam como em um mosaico, e convidam o público a conhecer o cotidiano das crianças alegres que tranqüilamente brincam nas ruas, dos amigos reunidos jogando cartas, da mesa cheia de frutas, da culinária, do comércio ambulante, dos sorrisos, dos trabalhadores.
“Olhar, o Libano” não só homenageia o Estado Libanês e a cidade de Beirute, mas, também, reitera ao paulistano o poder geográfico-religioso-social-cultural-político que a região do Oriente Médio e seus descendentes exercem sobre o Mundo Oriental e Ocidental. A cada dia é mais importante guardarmos os velhos conceitos e preconceitos, e compreendermos de forma completa, e menos dependente dos mesmos veículos midiáticos, o atual quadro do mundo.
Cristiano Mascaro, fotógrafo e arquiteto, viajou ao Líbano, em 2004, para fotografar uma residência projeto da arquiteta Cândida Tabet, em Ghouma, perto de Beirute. Aproveitando-se da ocasião, iniciou uma viagem pelo país produzindo o material que compõe a exposição.
Cinema
Para os cinéfilos interessados no Líbano, uma dica é o filme “Caramelo”, produção francesa e libanesa, que está em cartaz em diversos cinemas da capital. No longa, rodado em Beirute, cinco mulheres conversam no salão de beleza sobre temas como amor, sexo, entre outros.
Thiago Luis
Eu já ouvira falar dessa exposição, mas não com tantos detalhes, deu vontade de ver ^^
ResponderExcluirbom Post!!
parabéns!
Cara, não sei o porquê, mas já assisti ao filme Caramelo... e não sei exatamente o que naquele filme me fez ter repulsa pelo Líbano @@
ResponderExcluirvlew!
Então Fêr Queive, no Mundo hoje é muito comum esse sentimento de repulsa ou de rejeição por um determinado país ou por uma determinada religião. E o post trata exatamente da importância de combatermos esse sentimento, pois ele é o princípio do preconceito e de sistemas como o Nazismo e o Fascismo. É importante entendermos e assimilarmos as diferenças, ainda mais em um planeta tão globalizado como o nosso. Além disso, filmes só servem para ilustrar; eles não mostram a realidade. Cinema é apenas entretenimento!
ResponderExcluirQue temos de combater isso é facto, mas que a cultura libanesa, bem como da África branca no geral, é bem mais fechada que a nossa também é facto. Ser aberto demais também é problema, pois "Brasil, um país de todos" é o tipo de logo que nos estupra desde sempre. Cultura é cultura, e neste caso não aceipto "miscigenação" e misturinhas com outras... Como você mesmo falou, "filmes só servem para ilustrar; eles não mostram a realidade." tão acredito nisso, que eu acho a cultura (país) libanesa muito mais repulsiva do que foi mostrado.
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